Bom, em primeiro lugar o Natal...
Tenho boas lembranças de quando era criança. Ficava esperando dar meia noite pra poder comer o peru e abrir os tão esperados presentes, que ficavam lá, em baixo da árvore. Eu aguardava o ano todo por aquela data, 25/12. Não só pelos presentes e pelo peru, mas também pelo clima, que era mágico. A família feliz toda reunida; algumas vezes alguns familiares que vemos apenas em casamentos importantes, que moram em outros estados. Até dez, doze anos de idade ainda havia um pouco deste clima, conhecido e divulgado como 'espírito natalino'. Porém, infelizmente, quando se começa a crescer o clima vai sumindo.
O natal deixa de ter aquela magia pra se tornar uma data capitalista. Muitas pessoas podem discordar por motivos religiosos, porém na minha opinião não passa disso. Uma data onde os shoppings lotam, as lojas lucram... Enfim, uma data pra se vender. Vende-se peru, vende-se tender, vende-se brinquedos, vende-se roupas... São essas datas que mantêm o sistema capitalista do nosso país e de grande parte dos países ocidentais: Páscoa, dia das crianças, natal... Todas possuem um fundamento religioso que hoje em dia é muito bem explorado por esse sistema. Não há como culpar o povo diretamente por isso.
Ainda assim, fico preocupado com o que as crianças de hoje pensam sobre isso. Há uma grande quantidade de crianças que ainda possuem um vestígio do espírito puro, talvez tudo o que tenha sobrado. Porém noto que a grande maioria não está nem aí, e procuram somente os brinquedos (hoje em dia procura-se mais artigos eletrônicos, mas não deixa de ser 'brinquedos' nas mãos de crianças).
Aquela época de 'deixar os problemas um pouco de lado' já não é levada tão a sério, e acabou se tornando um data 'super-superficial' para a grande maioria dos casos. A falsidade parece ter tomado conta do que antes era o tão comentado espírito natalino.
Em ralação ao ano novo, "vida nova", há diversos mitos...
Pular não sei quantas ondas, comer tal fruta e guardar o caroço na carteira... Tudo isso é interessante, pra quem acredita. As vezes pode até, de certa forma, dar um incentivo inconsciente pra que a pessoa mude velhos hábitos no novo ano que começará. Porém, a verdade é que tudo isso não passa de rituais inventados por humanos pra mudar o foco da verdadeira mudança. Um ano novo começa com novas atitudes. Se você busca por mudanças, deve começar com pequenas coisas.
Mude a sua banda favorita, mude o jeito como você acorda, mude a forma como você cumprimenta as pessoas. Mude... Sei lá, quem sabe começar mudando simplesmente o seu navegador? Assim, você passa a descobrir coisas novas, que te agradará ou não.
Se for agradável a mudança será válida, caso contrário voltar aos velhos hábitos é quase inevitável. Muitas pessoas não acreditam em mudanças. Porém elas existem. É só notar. Se a mudança não fosse algo comum, todos adultos assistiriam desenhos animados com a mesma empolgação de quando tinham apenas seis anos de idade. Mudar não é tão difícil assim, porém é mais fácil, como já citei, quando começamos com pequenos hábitos. Só assim pra mudarmos o caráter, mudarmos drasticamente algum defeito antigo. Portanto, caso você deseja um ano realmente novo, mude.
Se você pulou as ondas, e continuar com as mesmas atitudes, os mesmos hábitos... Seu ano será o mesmo que o anterior. Infelizmente é a verdade.
Ainda não inventaram uma fórmula mágica de mudança instantânea. Ah, vale lembrar que mudar o visual também é válido. Entrar em forma, um novo corte de cabelo, novo estilo de se vestir... Tudo isso pode melhorar a auto estima e consequentemente tornar a mudança mais fácil, como se fosse algo imperceptível.
Agora, desejo um feliz ano novo, pra você que está lendo. Lembre-se que tudo pode ser bom, dependendo da forma como analisarmos!
Post adaptado de Today is Always, texto de autoria própria.
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