Tempo: não há dúvida que este
tópico seja bem confuso, e se torna ainda mais confuso quando tentamos
desenterrar tais segredos.
Físicos vêm examinando o
funcionamento do tempo por décadas, e os resultados publicados sobre isso são
de confundir a mente ao transmitir tais informações, ao mostrar que o tempo
pode não existir como sempre pensamos que existia.
Um livro chamado “Time Crystals from Minimum Time Uncertainty” (Cristais Espaçotemporais da Incerteza do Tempo Mínimo) que foi recentemente revisado e repuplicado em the european physical journal, traz uma
surpreendente pesquisa conduzida nesse tema. Nisso, os pesquisadores vem
propondo que o tamanho do tempo pode realmente ser de múltiplas ordens de
magnitude mais do que o ‘tempo de planck’.
Tempo de planck se refere ao tempo requerido para a luz viajar no vácuo, no que
diz a distância de 1 planck. A unidade foi estabelecida por conta do físico
alemão Max Planck que determinou tais expressões de leis físicas.
Nur Faisal da Universidade de Waterloo no Canadá, um dos pesquisadores envolvidos no estudo
disse que é possível para a escala mínima do tempo no Universo ser realmente
muito maior que o tempo de Planck, e disse que isso pode ser diretamente
testado experimentalmente.
Nenhum experimento já chegou
perto de examinar o tempo de planck diretamente pelo fato de se tratar de uma
unidade de medida muito curta.
No entanto, como phys.org aponta, há uma boa quantidade
de suporte teórico para a existência do tempo de planck. Faisal explica “em
nosso estudo, propusemos que o tempo é discreto na natureza, e nós também
sugerimos maneiras de testar experimentalmente essa proposta”.
Então, como irão descobrir que o
tempo pode ser mais largo que o tempo de planck? Eles vão medir a taxa de
emissões espontâneas de um átomo de hidrogênio:
"A equação modificada da mecânica quântica prevê uma taxa ligeiramente diferente de emissão espontânea do que o previsto pela equação não modificada, dentro de um intervalo de incerteza. Os efeitos propostos também podem ser observados nas taxas de queda de partículas e de núcleos instáveis."
As pesquisas também mencionam que
suas descobertas podem mudar as equações básicas da mecânica quântica, e também
pode modificar a principal definição de tempo conhecida hoje.
A ilusão da realidade
De acordo com as regras da
mecânica quântica, nossas observações, e como alguns cientistas gostam de
chamar, ‘fatores associados à consciência’, influencia o universo aos níveis
mais fundamentais. Quando os físicos
observam a realidade em menores escalas, torna-se claro que o comportamento de
um átomo depende diretamente das observações físicas.
“Eu considero a consciência como fundamental. Eu considero a matéria como um produto derivado da consciência. Nós não podemos ficar atrás da consciência. Tudo que falamos, tudo que nós consideramos como existente, postula a consciência.” - Max Planck
As pesquisas notam que nossa
percepção de tempo como algo contínuo é apenas uma ilusão. Faizal explica:
“O Universo físico é bem como a imagem de um filme, em que uma série de imagens fixas mostradas em uma tela criam a ilusão das imagens em movimento. Dessa forma, se esse ponto de vista é levado a sério, então nossa consciente percepção da realidade física baseada no movimento contínuo torna-se uma ilusão produzida por uma discreta estrutura matemática oculta. Essa proposta torna a realidade platônica na natureza. No entanto, ao contrário de outras teorias do idealismo platônico, a nossa proposta pode ser testada experimentalmente e não apenas ser defendido filosoficamente.”
Faizal está se referindo à ideia
de Platão que a verdadeira realidade independe dos nossos sentidos.
Possivelmente a verdadeira composição do que entendemos como realidade está
além da nossa habilidade de entender.
Mais
confusas pesquisas sobre ‘tempo’ abaixo:
Apagador quântico de escolha atrasada
O experimento de escolha atrasada mostra como
o que acontece no presente pode mudar o que acontece(aconteceu) no passado.
Isso também mostra como o tempo pode ir pra trás, como causa e efeito pode ser
revertido, e como o futuro causou o passado.
para
entender o experimento, você tem que entender o experimento da fenda dupla
quântica, que foi usada para mostrar como fatores associados à consciência
criam diferentes comportamentos em um átomo, como mencionado anteriormente.
Nesse experimento, pequenos pedaços de
matéria (fótons, elétrons, ou qualquer objeto de dimensões atômicas) são
disparados em direção a uma tela que possui duas fendas. No outro lado da tela,
uma câmera de alta tecnologia grava onde cada fóton atinge. Quando os
cientistas fecham uma fenda, a câmera vai nos mostrar um modelo esperado, como
podemos ver no vídeo a seguir.
Mas quando ambas fendas são abertas, um
“padrão de interferência” emerge, eles começaram a agir como ondas. Isso não
significa que objetos atômicos são observados como ondas ( mesmo tendo sido
observado como uma onda), e sim que cada fóton individualmente atravessa ambas
fendas ao mesmo tempo e interfere com a própria, mas isso também atravessa uma
só fenda e que passa através da outra e além disso o fóton não passa por
nenhuma delas! O único pedaço de matéria se torna uma onda com potenciais, se
expressando na forma de múltiplas possibilidades, e essa é a causa de termos o
padrão de interferência.
Como pode um único pedaço de matéria existir
e se expressar em múltiplos estados, sem nenhuma propriedade física, mesmo
sendo “medido” e “observado”? Além disso, como é que se escolhe qual caminho é
atravessado?
Então, quando um “observador” decide medir e
olhar para cada fenda que o pedaço de matéria atravessa, a “onda” que atravessa
as duas fendas, entra em colapso em uma única fenda. É como se a partícula
soubesse que está sendo observada, o observador tem algum tipo de efeito sobre
o comportamento da partícula.
Vários experimentos descobriram que os
fatores associados com a consciência “significativamente” correlacionados em
modos previstos com perturbações no padrão duplo da interferência. (Link com um PDF mais mais informações, em Inglês)
Essa incerteza quântica é definida como a
capacidade, de acordo com as leis da mecânica quântica que governam assuntos
subatômicos, de uma partícula como um elétron para existir em um estado obscuro
de possibilidades, de estar em um lugar, ou em qualquer lugar, ou em lugar
algum. (Matéria do NY Times)
De acordo com o físico Andrew Truscott, que
lidera a pesquisa publicada pela faculdade nacional da Austrália, o experimento
sugere que “a realidade não existe a menos que estejamos olhando para ela”.
Isso sugere que nós estamos vivendo em um tipo de universo holográfico. (Link de um PDF com mais informações sobre o tema, em Inglês)
Agora...
Como todas essas informações são relevantes
ao conceito de tempo? A experiência da fenda dupla nos mostra como fatores
associados a consciência entra em colapso com a função onda quântica(uma
matéria existe em vários estados) em um único pedaço de matéria com
propriedades físicas definidas, mostrando como a experiência retrata o presente
que pode mudar o passado, como também mostrando que o tempo pode ir pra trás,
como causa e efeito podem ser revertidos e como o futuro causou o passado.
Esta ideia foi trazida à tona por John Wheeler
em 1978, e com isso que vou terminar esse artigo, com sua explicação do
experimento. Ele acreditava que essa experiência e melhor explicada em uma escala
cósmica.
Explicação em escala cósmica
Ele nos pede para imaginar uma estrela que
emite um fóton bilhões de anos atrás, indo na direção do planeta terra. Entre
isso, há uma galáxia. Como resultado do que é conhecido como “lente
gravitacional”, a luz terá que dobrar ao redor da galáxia em direção à terra,
então isso tem que percorrer um dos caminhos: ir para a esquerda ou ir para a
direita. Bilhões de anos depois, se alguém decide criar um equipamento para
“pegar” o fóton, o resultado previsto pode ser (como explicado anteriormente na
experiência da fenda dupla) uma interferência de modelo. Isso demonstra que o
fóton pegou um caminho, e também o outro caminho.
Pode-se também optar por dar uma “espiada”
nos fótons de entrada, a criação de um telescópio em cada lado da galáxia para
determinar qual lado o fóton percorreu para chegar na terra. O próprio ato de
medir ou “ver” o caminho percorrido significa que só pode vir de um lado. Esse
modelo não será mais um padrão de interferência representando várias possibilidades,
mas sim um modelo que mostra apenas “um” caminho.
O que isso significa? Isso significa como nós
escolhermos medir o “agora” efeta qual direção o fóton percorreu bilhões de
anos atrás. A nossa escolha do momento presente afetou o que já havia
acontecido no passado...
Isso faz absolutamente nenhum sentido, o que
é um problema quando se trata de física quântica.
Esta experiência também sugere que o
entrelaçamento quântico (que também foi verificado http://www.collective-evolution.com/2015/05/03/quantum-entanglement-verified-why-space-is-just-the-construct-that-gives-the-illusion-of-separate-objects/)
existe independentemente do tempo, ou seja, dois pedaços de matéria podem
realmente ser emaranhado, mais uma vez, com o tempo.
Tempo, seja para medi-lo ou compreendê-lo,
não existe de fato.
Via: Collective Evolution
Traduzido por: John Lisboa
Nenhum comentário:
Postar um comentário