Ego significa o ‘Eu’ de cada um. É um termo muito utilizado na psicanálise e na filosofia.
É fundamentado na teoria clássica de Sigmund Freud, que é um conjunto de hipóteses sobre o funcionamento do cérebro das pessoas. Para Freud, o ego baseia-se que todo evento psíquico é determinado por eventos anteriores (ou seja, não há acasos) e também pela existência do inconsciente que, manifesta-se de diferentes modos na vida mental. A principal função do ego é procurar harmonizar os desejos e a realidade, e posteriormente, entre esses e as exigências; os valores da sociedade.
O ego é o ‘defensor’ da personalidade, pois ele impede que os conteúdos inconscientes passem para o campo da consciência, acionando assim os seus mecanismos de defesa. O ego é responsável também pela diferenciação que o indivíduo é capaz de realizar, entre seus próprios processos interiores e a realidade que se lhe apresenta. A realidade é realizada pela percepção, pela capacidade de perceber do próprio indivíduo.
O ego é o ‘defensor’ da personalidade, pois ele impede que os conteúdos inconscientes passem para o campo da consciência, acionando assim os seus mecanismos de defesa. O ego é responsável também pela diferenciação que o indivíduo é capaz de realizar, entre seus próprios processos interiores e a realidade que se lhe apresenta. A realidade é realizada pela percepção, pela capacidade de perceber do próprio indivíduo.
Acontece que no Ego reunimos também nossos valores principais e nossa auto-imagem. E geralmente esses dois pontos são tão centrais e fundamentais que raramente são observados ou alterados. Pode-se dizer que a grande maioria dos problemas do dia-a-dia se dá por uma má sintonia entre essas questões e a realidade. Geralmente acreditamos em algo com tanta força que isso nos impede de ver outras além – e que muitas vezes são até melhores. Ou ainda nos vemos de tal forma que isso nos impede de seguir por outros caminhos.
O ego, descontrolado, seria então o maior causador das confusões que vivemos e que vemos ao nosso redor, em nossa sociedade atual, pois nos impulsiona à ações desequilibradas, desajustadas e desarmoniosas, que tiram a nossa Paz, por dentro e por fora.
Cheio de artimanhas, o Ego vai contra o nosso progresso individualmente e portanto, coletivamente. Um ego descontrolado nos impede de realizar nossos mais elevados propósitos. Este ego inferior nos boicota e nos estimula o que podemos chamar de “o nosso lado negro”, trazendo à tona emoções e sentimentos que se mostram como raiva, ódio, os diversos tipos de mágoas,ressentimentos, tristezas e angústias, entre tantos outros e, especialmente, nos preenche de medos. Isso sem contar os pensamentos severos de críticas e julgamentos, a nós mesmos e aos outros.
Mesmo um pouco complicado, existem maneiras de controlar nosso Ego para que não venha a nos causar problemas.
Com base em um grandioso texto de Wayne W. Dyer, Abordaremos a seguir 7 formas clássicas de controle do Ego:
1- Não te sentir ofendido;
Não deixe que o comportamento alheio lhe ofenda. Aquilo que o ofende somente o enfraquece. Se procurar por ocasiões para ficar ofendido, você certamente as encontrará. Este é o seu ego operando, convencendo-o de que o mundo não deveria ser assim. Mas você pode se tornar um apreciador da vida ao admirar todas as faces da perfeição da Criação.
“A Paz é de Deus, você que é parte de Deus, não está no lar, exceto em sua paz. O Ser é de Deus, você que é parte de Deus não está no lar, exceto em sua paz”.
Em resumo: Ao ficar ofendido, acaba por criar a mesma energia destrutiva que o ofendeu em primeiro lugar, o que leva ao ataque, ao contra-ataque e à ‘guerra’.
2- Liberta-te da necessidade de ganhar;
O ego adora nos dividir em vencedores e perdedores. A busca da vitória é um meio infalível de evitar o contato consciente com a energia da Fonte Criadora. Por quê? Porque em último caso, a vitória é impossível de se conquistar sempre. Alguém será mais rápido, mais afortunado, mais jovem, mais forte e mais inteligente, e novamente você se sentirá inútil e insignificante.
Mas afinal, não há perdedores em um mundo onde todos compartilham a mesma fonte de energia. O que você pode dizer a si em caso de uma derrota é que você realizou uma competição em um nível, onde os níveis de outros neste dia foram melhores. Mas amanhã será outro dia, com outros competidores e novas circunstâncias e possibilidades.
Você está ainda na presença infinita em um corpo que está, dia após dia, progredindo e aprendendo. Deixe ir a necessidade de vencer, sem se torturar que o oposto de vencer é perder. Este é o medo do ego.
Seja o observador, notando e apreciando tudo isto sem precisar ganhar um troféu sempre. Esteja em paz, e corresponda com a energia da criação. Ironicamente, embora você quase não o perceba, mais vitórias se apresentarão em sua vida quanto menos as perseguir.
3- Liberta-te da necessidade de estar certo;
O ego é a fonte de muitos conflitos e desavenças no dia a dia pois ele o empurra na direção de tornar outras pessoas erradas. Quando você é hostil com alguém que cometeu algum equívoco, a chance de magoar a pessoa é grande, e de não resolver o problema também. Nestas situações ser bondoso, amoroso e receptivo e livre da raiva, do ressentimento ou da amargura é a melhor alternativa.
Liberar a sua necessidade de estar sempre certo em suas discussões e relacionamentos é como dizer ao ego: “eu não sou um escravo para você, eu quero aceitar a bondade e rejeitar a sua necessidade de estar certo”. Estará oferecendo a alguém uma oportunidade de se sentir melhor, dizendo que ela está certa.
Ao desapegar-se da necessidade de estar certo, torna-se capaz de fortalecer a sua conexão com o poder da criação. Mas tenha em mente que o ego é um combatente determinado e vai sempre te persuadir.
Não é raro ver longos relacionamentos terminados pela necessidade de se estar certo, portanto fica a pergunta: “Eu quero estar certo ou ser feliz?”. Quando você escolhe ser feliz, amoroso e espiritualizado, a sua conexão com a criação é fortalecida. Portanto, o Criador começará a colaborar com você, criando a vida que você pretendia viver.
4- Liberta-te da sua necessidade de ser superior;
A verdadeira nobreza não se refere a ser melhor do que outra pessoa. Trata-se de ser melhor do que você costumava ser no dia anterior.
Permaneça focado em seu crescimento, com uma consciência permanente de que ninguém neste planeta é melhor do que outro. Todos nós emanamos da mesma força de vida criativa. Todos nós temos uma missão de compreender a nossa essência pretendida. Tudo o que precisamos para cumprir o nosso destino nos está disponível. Nada disto é possível quando você se vê como superior aos outros.
Permaneça focado em seu crescimento, com uma consciência permanente de que ninguém neste planeta é melhor do que outro. Todos nós emanamos da mesma força de vida criativa. Todos nós temos uma missão de compreender a nossa essência pretendida. Tudo o que precisamos para cumprir o nosso destino nos está disponível. Nada disto é possível quando você se vê como superior aos outros.
Há um velho (e verdadeiro!) provérbio sobre isso: “Somos todos iguais aos olhos de Deus”.
Deixe ir a sua necessidade de se sentir superior, vendo a revelação do Criador em todos. Não avalie os outros com base em sua aparência, em suas conquistas, posses e em outros parâmetros do ego. Quando você projeta sentimentos de superioridade, isto é o que você recebe de volta, levando a ressentimentos, e principalmente, a sentimentos ruins. Estes sentimentos se tornam o veículo que o distancia mais da criação.
5- Liberta-te da necessidade de ter mais;
O mantra do ego é “mais”. Ele nunca está satisfeito. Não importa quanto você consiga ou adquira, seu ego vai insistir que não há o suficiente. Você se encontrará em um estado perpétuo de esforço para obter, eliminando a possibilidade de satisfação. Ironicamente, quando você deixa de se preocupar tanto em obter mais, mais daquilo que você deseja começa a surgir em sua vida. Desde que você se desligue da necessidade de obter, você conseguirá dar aos outros, porque você compreende que, na verdade, o que você realmente precisa é pouco, para que sinta-se satisfeito e em paz.
O Criador está contente com ele mesma, expandindo-se constantemente e criando novas vidas, sem tentar se apegar as suas criações para seus próprios propósitos egoístas. Ela cria e libera. Quando você libera a necessidade do ego de “ter mais”, você se unifica ao Criador. Você cria, atrai para si e libera, nunca exigindo que mais venha ao seu caminho.
Como um apreciador de tudo, você aprende a poderosa lição de S. Francisco de Assis: “É dando que recebemos”. Ao permitir que a abundância flua para e através de você, você se equipara ao Criador e garante que esta energia continue a fluir.
6 – Liberta-te da necessidade de se identificar com base em suas realizações;
Este pode ser um conceito difícil se pensar que você é aquilo o que faz.
O Criador canta todas as músicas, constrói todos os prédios, o Criador é a fonte de todas as suas realizações. Eu posso ouvir o seu ego protestando em voz alta. Entretanto, permaneça atento a esta ideia. Tudo emana da Fonte! Você e esta Fonte são um! Você não é este corpo e as suas realizações. Você é um observador.
Observe tudo isto; e seja grato pelas habilidades que acumulou. Mas dê todo o crédito ao poder do Criador, que lhe trouxe à existência e da qual é uma parte materializada.
Quanto menos precisar assumir o crédito pelos seus empreendimentos e mais conectado permanecer às sete faces da criação, mais estará livre para realizar, e mais se apresentará para você. Quando você se liga a estas conquistas e acredita que apenas você que está fazendo todas estas coisas, você deixa a paz e a gratidão que o Criador lhe proporciona.
Sua reputação não está localizada em você. Ela reside nas mentes dos outros. Portanto, você não tem nenhum controle sobre tudo isto. Se falar para 30 pessoas, você terá 30 reputações. Conectar-se à criação significa ouvir o seu coração e se conduzir baseado naquilo que a sua voz interior lhe diz que é o seu propósito aqui e agora.
Se estiver muito preocupado em como será percebido por todos, então você se desliga da energia do Criador e permite que as opiniões dos outros o oriente. Este é o seu ego operando. É uma ilusão que se interpõe entre você e o poder da criação.
Não há nada que não possa fazer, a menos que se desconecte da fonte de poder e se torne convencido de que o propósito desta fonte de poder é provar aos outros como você é poderoso e superior, e assim você gasta a sua energia tentando ganhar uma gigantesca reputação entre outros egos. Permanecer no propósito, desligar-se do resultado, e assumir a responsabilidade pelo que faz, reside em você: seu caráter.
Deixe que a sua reputação seja debatida por outros. Ela nada tem a ver com você. Ou como o título de um livro diz: “O que você pensa de mim, não é da minha conta.”
“O Ego é a bota que desgastamos no espinhoso caminho que é a espiritualidade” – (Dalai Lama)
Leitura Complementar: Nosso inimigo, o Ego
Texto tirado de meu antigo blog: Discovering About Life
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